terça-feira, 26 de outubro de 2010

Amanhã talvez

Amanhã talvez o sangue me escorra dos pulsos
e na fria noite
encontre o silencio...
Aí me dedico a respirar o ar abafado das velhas memórias
e a ejacular o clamor da puberdade.

Os gestos esvoaçam em movimentos mortos
cobrindo-me as entranhas de solidão
terrível solidão, terrível solidão!...
E fecho os olhos
e rogo deitado no chão
o fim da melancolia
de qualquer breve alegria por que passei
E no vazio assim como sabor do fim
invoco um vislumbre de beleza:
talvez de luz
talvez de medo
talvez de saudade...

Vincent ESTRADA

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