terça-feira, 20 de julho de 2010

Fim

Sei que és o fim de muitas palavras. Demasiadas!
Desta melancolia, desta cama estreita onde respiro sozinho.
Tenho medo dos dias que se acumulam e que daqui não saio.

Perguntam-me: "estás doente?" talvez, mentalmente!
Não sei. O que fazer com as palavras, estas palavras que não digo.
Mas que penso...

Amo-te, com tantas forças quantas tenho,
que são poucas, nestes tempos em que não estou inteiro,
onde busco consolo na cama estreita,
onde vivo há mais de 20 anos.
Morrerei aqui, deixarei esta vida a meio?
Fecharei a boca e deixarei de ser grosseiro
consolidarei os dias e as noites insatisfeito
por ter ficado tanto tempo fechado
na angustia de não sair deste quarto
onde vivo há mais de 20 anos.

E sei, que me acharás um idiota, mas não me responsabilizo
sou fraco, e sou fuleiro, sou um homem degenerado e apaixonado
sou feito, por defeito, de palavras quantas tenha mentalmente imaginado
Te dedicar.

Vincent ESTRADA

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